“Para os sonhadores que acreditam no amor.”
“Para os apaixonados que acreditam nos sonhos”
Para todas as Mias e Sebastians…para aqueles que sofrem de amor, para aqueles que o sonho permanece aceso. Para aqueles que o café esfria enquanto o jazz melódico aquece o coração.
Eu particularmente não gosto de musical, mas La La Land me conquistou. Filme impressiona nos quesitos técnicos, um enredo singelo. É um filme sobre sonhos e sobre sonhadores.
Sebastian (Ryan Gosling) é um pianista talentoso mas que não se mantém em nenhum emprego por insistir no “decadente” jazz. Mia (Emma Stone) uma garçonete aspirante a atriz que não passa das audições. O filme é visualmente bem construído e de uma certa maneira atemporal, o filme se passa nos tempos atuais, mas parece se passar nos anos 30/40. Aqui, assim como em “Whiplash — Em Busca da Perfeição” O jazz é um personagem, mas diferentemente de Whiplash, o fato deste ser um musical dá um toque ainda mais especial. Trilha sonora encantadora, coreografias bem executadas que se encaixam perfeitamente no contexto apresentado.
A direção de Damien Chazelle é precisa e objetiva, seus planos são longos e também com alguns planos sequências (similar ao que Iñárritu fez em “Birdman”), as perspectivas são bem trabalhadas em conjunto com a iluminação, as cores dão um show à parte em uma primorosa fotografia. Damien também brilha pela homenagem a era de ouro do cinema fazendo referências a técnicas de filmagem (Circulo preto recorrente no cinema mudo) e também a alguns clássicos (Juventude Transviada, Casablanca, Dançando na chuva…). “La La Land — Cantando Estações”, um filme cuja a simplicidade o torna grandioso e indispensável para os amantes das artes. Todo esse primor técnico o tornou um dos grandes favoritos ao Oscar de melhor filme do ano. Romântico, minimalista, atemporal.
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| O Diretor Damien Chazelle |
Para entendermos melhor o que Damien queria para esse filme, é necessário prestar atenção no que foi dito em uma das entrevistas que ele concedeu. Damien diz:
“ Em La La Land eu quis explorar o equilíbrio entre a vida e a arte, seus sonhos e realidade. Como um artista que se mudou para Los Angeles ainda jovem em busca de seu sonho, você nota esse equilibrio entre seu sonho e a realidade. Pra mim, o musical é um ótimo veiculo para isso, então eu quis contar essa história usando a música e a dança para expressá-la”(o equilibrio entre sonho e realidade). O filme fala de paixão; a paixão pela arte, a paixão pelo amor e a paixão que colocamos na abordagem desse filme, gosto de pensar que isso também afeta o telespectador.”



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