O gosto do poder e violência - Como um vinho barato em bela embalagem The Riot Club (2014) é doce no início e amargo no final

.
Em algum dia de Junho de 2017, pelo que me lembro, era um dia frio, estava eu estudando para alguma prova qualquer (provavelmente Filosofia Medieval, dado ao péssimo resultado que obtive, e é justamente por isso que sei que isso foi em Junho de 2017) achei um filme qualquer por aí pra assistir (era isso, ou então encher a cara em algum bar perto da faculdade). Enfim achei um filme, era “The Riot Club”, no inicio, o que primeiramente me chamou a atenção de imediato, foi a presença da Natalie Dormer, que na época estava despertando muita atenção por sua personagem em “Game Of Thrones”. Antes de assistir, vi um comentário de uma pessoa dizendo: “-Ah mas esse é só mais um filme de homens brancos e ricos fazendo merda, nada novo sob o sol!”. 



É bem por aí mesmo hahaha, mas bora lá…The Riot Club (2014), filme britânico dirigido por Lone Scherfig, é uma adaptação da peça teatral Posh (2010).


É um filme pesado, que enoja, mas que não parece ser só ficção (Algumas coisas vemos até no ambiente aniversitário brasileiro, como também fora dele). Vemos todos os dias pessoas que por deter de determinada posição de poder se acham donos do mundo e dos outros, são egocêntricas sem um pingo de empatia. Isso não parece tão assustador, vemos isso em nosso dia-a-dia.

No elenco temos: Olly Alexander, Holliday Grainger, Jessica Brown Findlay, Michael Jibson mas a mais conhecida pelo público geral, é a bela Natalie Dormer.



A trama acompanha dois calouros na famosa Universidade de Oxford, Alistair Ryle (Sam Claflin) e Miles Richards (Max Irons). Eles acabam sendo recrutados para o “Riot Club”, a fraternidade mais exclusiva de Oxford onde só os 10 mais brilhantes e influentes alunos são aceitos. Todos os membros são pertencentes da alta sociedade britânica, assim, tendo seu futuro acadêmico e profissional garantidos devido suas posições de prestígio. Fazem festas e jantares regados a álcool, sexo, drogas. Até aí tudo bem, nada demais (parece até trama de besteirol americano) o problema dessa tal conduta exagerada de demonstração de poder é quando todo esse caos boêmio afeta diretamente a vida de outras pessoas, mas eles, ricos e degenerados infelizmente saem impunes devido suas altas reputações. Mesmo os membros mais pacíficos que não concordam com a postura do grupo, omitem qualquer contraposição que tenham para permanecer no “Clubinho High Society”.
Quantas vezes não vemos essa história se repetir na realidade? Jovens inconsequentes que acabam com a vida de alguém, mas passam impunes por serem filhos de fulano e/ou ter dinheiro pra comprar a liberdade, dinheiro e prestígio esses que nem sempre são merecidos.
The Riot Club é um filme que nos passa uma mensagem crua e universal. O poder traz à tona o verdadeiro lado das pessoas.
Um filme pra poucos, é cruel, é daqueles que terminamos indignados e sentimos um gosto amargo na boca.

Bem que eu poderia encher mais algumas linguiças aqui e servir mais desse vinho que te ofereci, mas esse vinho é barato e posso te oferecer coisa melhor. Existem vinhos melhores para tomar e apreciar. Seu tempo é tão precioso quanto o meu. Da próxima vez que você estiver por aqui, beberemos uma cerveja bem gelada, nada de vinhos britânicos como esse que dão uma dor de cabeça do cacete. Te vejo em breve!! Até mais…

Post a Comment

0 Comments